El poder literario y musical de Francisco Chico Buarque de Hollanda.
Un vero poeta, isn't he?
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Pra ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Ahora una versión sesentosa del tema por su autor.
Mas data:
¿Como hacer para no enamorarse de la musicalidad del decir brasilero?
1 comentario:
Yo no sé cómo no enamorarme de ese decir brasilero, como decís vos... para mí es parte de la alegría cotidiana: escuchamos mucha música brasileña en casa. Es más, creo que esa musicalidad de sus letras, ese ritmo contagioso, es lo que me ha hecho aprender el idioma casi sin querer. Lo más parecido a aprender una lengua extranjera como si fuese materna: con naturalidad y un suave placer, sin aceptar ni negar la melodía de las palabras, simplemente dejándose llevar.
Cosa rara el decir brasilero, realmente.
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